quarta-feira, 16 de junho de 2010

Causa e Consequência

Vou começar a postar uma ótima série a respeito de causa e consequência na articulação do joelho, escrita pelo meu amigo Professor Alexandre Franco do Rio de Janeiro (onde, no seu Estúdio em Copacabana, ele desenvolve um excelente trabalho com atletas e indivíduos comuns, alcançando resultados muito bons). Aproveitem a série.


Causa e Consequência: Não Culpem o Joelho.
Alexandre Franco

Quem é que nunca ouviu a seguinte frase: “to com uma dorzinha no joelho!” Neste artigo abordaremos alguns dos mitos mais comuns que existem relacionados a dores que surgem na articulação do joelho. Analisando como, funcionalmente, o joelho se comporta, ou pelo menos deveria se comportar, é possível afirmar que a articulação do joelho se caracteriza como ponto de estabilidade da cadeia de movimento. Toda energia que é gerada a partir do contato dos pés com o chão é transferida cadeia acima. Porém, a forma como o joelho se posicionar para receber e transferir essa energia interfere tanto positivamente como negativamente no processo, afetando positivamente ou negativamente o rendimento do quadril. Falando dessa forma, a impressão que temos é que a responsabilidade toda é do joelho, o grande protagonista. Mas a realidade é bem diferente. Dentro da cadeia cinética podemos dizer que o joelho é um belo coadjuvante que sofre influência do que acontece abaixo (pé e tornozelo) e o que acontece acima (quadril). Abaixo estão os fatores que interferem diretamente na saúde plena do joelho:

1. Modificações na capacidade de sustentabilidade do arco plantar (pronação do pé - pé chato),

2. Limitação de mobilidade articular no tornozelo (dorsiflexão),

3. Limitação de mobilidade articular no quadril

4. Fraqueza ou inativação do glúteo médio (fêmur em rotação interna e aduzido)

Quer saber como lesionar uma articulação do joelho? Muito Simples:

• Combinem abdução do pé (famoso pé de pato) com perda de arco plantar (pé pronado) e observem se não há uma leve rotação interna da tíbia.



• Na sequência, combinem adução e rotação interna do fêmur com uma pitada de compressão articular.



Resultado: Um joelho exposto a todos os tipos de Síndromes e problemas crônicos que podem ser encontrados. Daí a pergunta: será o joelho realmente o culpado? Será que é o joelho que merece toda a atenção no processo de reabilitação? Começaremos essa série com o trabalho de densidade no tecido muscular, muito conhecido na reabilitação como Liberação Miofascial. Na preparação física, faremos a Auto Liberação Miofascial, ajustando o trabalho para que nossos atletas se tornem independentes. O principal objetivo aqui é desfazer nós que geram pontos de tensão e modificam a comprimento do tecido miofascial. Essas regiões comumente são bastante sensíveis, o que torna a liberação um trabalho bem doloroso. A dor é um mal necessário nesse processo. No vídeo abaixo, vocês poderão acompanhar nosso atleta Ismael Aoki trabalhando nas regiões que estão associadas às disfunções na articulação do joelho. Para algumas áreas, utilizamos o rolo, para outras áreas, como, por exemplo, os glúteos, trabalhamos com as bolas de massagem, que podem ser desde uma simples bola de tênis até mesmo uma bola de bocha, utilizada no vídeo.



Essa séria ainda terá mais 3 partes, nas quais abordaremos os seguintes fatores que contribuem para a manutenção sadia da articulação do joelho.

2. Ativação de Glúteo Médio.

3. Automobilização do tornozelo para dorsiflexão.

4. Mobilização multiplanar do quadril.

3 comentários:

  1. Fala mestre!Show de bola o blog.
    Abraços Dudu

    ResponderExcluir
  2. Klunga, mandei pro teu email um artigo bem atual q faz uma critica à locura dos americanos pala fraqueza do gluteo medio realcionadao à dor patelar... nao sei como posta-lo aqui mas nem sempre eh veradade q o culpado eh o quadril eheheh ... abço
    Rodrigo

    ResponderExcluir
  3. Vou ler, depois traduzo e posto no blog. Mas eu não sei de quem é esta declaração (acho q é do Boyle)que cabe bem no comentário q fizeste: One size fits all (ou seja um tamanho serve a todo mundo). Essa é uma abordagem de treinamento que está fadada ao fracasso, já que cada caso tem suas particularidades. Porém em grande parte dos casos de dor patelofemoral o gluteo médio é fraco. Valeu Mestre

    ResponderExcluir