Causa e Consequência: Não Culpem o Joelho – Parte 2.
Alexandre Franco
Dando sequência a série, o primeiro passo após o trabalho de liberação miofascial é o trabalho de ativação muscular. Em alguns casos é necessário levar em consideração que certas estruturas simplesmente não executam suas funções.
Gray Cook utiliza muito uma analogia comparando esse tipo de disfunção a um vírus instalado em um computador. Não é preciso ser um especialista em informática para entender. O computador é formado por dois componentes básicos: Hardware e Software. Hardware seria a máquina física, teclado, monitor, placas e acessórios. O software seriam os programas que são instalados na máquina, Windows, Word, Excel, Movie Maker, Media Player (infelizmente o “merchan” foi gratuito). Todos os programas funcionam perfeitamente até que surge aquele Cavalo de Tróia e acaba com a harmonia da máquina e seus programas. Para que a máquina recupere sua capacidade basta que o vírus seja removido, o que comumente acarreta uma formatação completa do sistema. Com isso em mente, vamos substituir o hardware pelo sistema muscular esquelético e vamos substituir o software pelo sistema nervoso. Músculo move o esqueleto de acordo com a resposta que é recebida da central, o sistema nervoso.
Alterações no estímulo vão, consequentemente, alterar a resposta enviada e modificam a forma como a tarefa deveria ser executada. Esse sistema cheio de alterações precisa de formatação. Considerando a região de que estamos falando a respeito, um dos processos de formatação chama-se reativação neuromuscular. Para evitar o mecanismo de lesão que mostramos em vídeo na Parte 1 desta série, manter o joelho bem posicionado é essencial para a manutenção de uma cadeia equilibrada e bem estabilizada. Mantendo o joelho bem posicionado, ativamos o arco plantar, criando um alicerce que previne pronação do pé e conseqüentemente rotação interna de tíbia, fíbula e fêmur. E baseado nesse princípio, utilizamos os exercícios que melhor estimulam essa reestruturação.
Na edição abaixo, demonstramos duas variações que têm como principal objetivo ativar o principal estabilizador do joelho, glúteo médio. A idéia é utilizar a resistência que os elásticos oferecem para que a musculatura atue de acordo com sua função estabilizadora, sem provocar qualquer tipo de movimento no plano transverso (rotação interna)
(Deslocamento Lateral – MiniBand & X Walk – SuperBand)
É comum ser observado durante os movimentos uma série de disfunções, caracterizadas pela ineficiência na manutenção do arco plantar e na ativação do glúteo médio. Os pés precisam estar paralelos durante toda a execução do movimento para se ter o benefício do exercício.
Na próxima, continuaremos com a terceira parta da série: Automobilização do Tornozelo.
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