quarta-feira, 26 de maio de 2010

Agachamento - Parte 1

Bem, aqui vai um excelente artigo dividido em 3 partes escrito pelo Prof. Alexandre Franco da Empresa GAFF-Rendimento Esportivo e Qualidade de Vida do Rio de Janeiro, falando sobre o agachamento. Ele aborda desde o resgate deste que é um padrão de movimento primitivo (ou seja, que executamos desde os primordios da primeira infância e que vamos perdendo ao longo da vida adulta) até a implementação deste padrão de movimento para gerarmos potência. Confiram aí.

Agachamento – Padrão Primitivo Fundamental e Como Interpretá-lo.

Acredito que o movimento dispensa apresentação. Como o próprio título do artigo fala, o agachamento é um padrão de movimento primitivo e fundamental no desenvolvimento do aparelho locomotor de qualquer ser humano. É o primeiro movimento que uma criança é capaz de executar com equilíbrio sem o auxílio das mãos. É a primeira fase para o desenvolvimento do controle neuromuscular necessário para que a criança consiga sustentar o seu corpo com equilíbrio com as pernas estendidas.

Teoricamente, por ter importante função nessa fase do desenvolvimento do aparelho locomotor, o movimento deveria ser executado com grande facilidade pela maioria da população. Porém, detectamos que o sedentarismo tem uma grande parcela de contribuição na modificação desse padrão primitivo. Então, qual deveria ser a estratégia mais adequada para poder desenvolver um padrão sólido o suficiente para podermos utilizá-lo como uma variação no desenvolvimento de força. Será que estão estabelecidas a mobilidade e estabilidade articular necessárias para o trabalho com sobrecarga? Qual seria a forma ideal de se interpretar esse padrão de movimento. E quais adaptações são possíveis de serem feitas caso o sistema não esteja pronto?

A primeira pergunta se responde da seguinte forma: Vamos estabelecer um critério que seja possível progredir o movimento desde um educativo até o treino de força sem modificações quanto à execução.

Critério 1 – O objetivo é conseguir agachar até uma caixa de 30cm de altura
Critério 2 – pés paralelos, de preferência, ou ligeiramente abertos
Critério 3 – No final da descida, tronco e perna (tíbia) devem ficar paralelos um ao outro.



Se o indivíduo não atingir esses critérios ou tiver dificuldade com o movimento, ele não está apto para desenvolver o movimento com sobrecarga. Dessa forma, o movimento precisa ser resgatado antes de poder ser aproveitado no desenvolvimento de força como variação dominante de joelho bilateral. Nesse caso, Vamos alimentar o sistema neuromuscular de forma que o movimento seja bem interpretado.



O principio da reativação neuromuscular é levado em consideração com a utilização da med Ball, que estimula a contração involuntária dos estabilizadores da lombar, e a mini band, (que estimula a abdução do fêmur através da ativação do glúteo médio). Podemos auxiliar o movimento com a elevação do calcanhar, compensando pela falta de dorsiflexão no tornozelo e também proporcionando ao sistema nervoso um melhor posicionamento do corpo para a manutenção de estabilidade.

Eu, particularmente, não tenho pressa alguma em estar utilizando o movimento com sobrecarga até nossos alunos demonstrarem competência na execução.

Segurança, Competência, Confiança antes. Sobrecarga vem depois sem negligência

Na segunda parte dessa série, veremos a solução para substituir essa deficiência técnica sem perda de tempo no desenvolvimento de força.

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