terça-feira, 5 de julho de 2011

Pérolas de Sabedoria

Resolvi publicar as anotações que um preparador físico de Tempe no Arizona chamado Patrick Ward fez de um curso ministrado pelo Gray Cook em que ele esteve presente. O Patrick é um cara que tem idéias bem interessantes por isso sempre que posso dou uma olhada em seu blog: http://optimumsportsperformance.com.
Tenho acompanhado bastante o trabalho do Cook ultimamente (livro, artigos e principalmente em DVDs) e tem influenciado muito a forma como estou fazendo meu trabalho, fundamentalmente com relação a qualidade de movimentos, correção de padrões disfuncionais, as melhores estratégias para que estes padrões voltem a normalidade ou próximo disso no menor espaço de tempo possível. Portanto provavelmente vou publicar algumas coisas dele nos próximos posts.
Abraços a todos


Pérolas de Sabedoria de Gray Cook
Patrick Ward


Este final de semana participei de uma clínica da Perform Better aqui em Phoenix, Arizona. Todos os palestrantes foram excelentes, e tive o prazer de ouvir alguns dos melhores que a indústria tem a oferecer:

♠ Mike Boyle
♠ Alwyn Cosgrove
♠ Todd Durkin
♠ Gray Cook

Gray Cook foi uma verdadeira surpresa. Eu tenho visto Gray falar várias vezes em diversas clínicas ao longo dos últimos anos. No entanto, esta foi a primeira oportunidade que tive de falar diretamente com ele. Ele foi incrivelmente generoso com seu tempo e passou cerca de 20 a 30 min. conversando conosco após a clínica ter acabado. Falamos a respeito de uma variedade de tópicos como padrões de respiração, exercícios corretivos, agulhamento seco em pontos gatilho e terapia manual.

Eu pensei em compartilhar algumas das pérolas de sabedoria que Gray nos deu aquele dia:

♠ Tensão em um músculo encobre instabilidade em algum outro lugar.

♠ Durabilidade e performance não são medidas da mesma maneira.

♠ Avaliar flexibilidade como fator de risco de lesões é inconclusivo, porque flexibilidade não é orientada para o movimento, e tem a intenção de discutir o remédio (alongar o músculo tenso) sem discutir o problema (porque o músculo está tenso em primeiro lugar?). Precisamos levar em consideração outros fatores: movimento, sistema nervoso, fáscia, etc...

♠ Trabalhar em qualquer outro elo da cadeia que não seja o elo mais fraco não irá consertar a cadeia.

♠ Se você não consegue executar um levantamento terra ou um levantamento terra unilateral com boa técnica, você não irá ganhar nada fazendo o kettlebell swing.

♠ Uma vez que seu cliente possa fazer um padrão de rolamento segmentado, leve-o a postura de 4 apoios ou ½ ajoelhado para que ele possa se “apropriar” disso. Não perca tempo fazendo mais rolamentos.

♠ Se um cliente tem algum problema com o padrão de rolamento que está centrado ao redor de pouca mobilidade no pescoço, você pode ter que checar a função visual.

♠ O cérebro corresponde a 2% do nosso peso corporal e 20% de nosso consumo total de energia.

♠ Exercícios corretivos necessitam ser feitos em um ambiento rico em propriocepção e desafiador para o cliente.
“Esse foi um passo importante para eu ver em primeira mão, já que sou obsessivo com relação à técnica nos exercícios e Gray foi muito específico em relação a por alguém em uma posição que ele queria que a pessoa estivesse, e então a desafiava a manter esta posição. No momento em que a pessoa não conseguia manter a posição, ele parava o exercício, a deixava reagrupar-se e então continuava tentando resolver o problema”.

♠ O transverso abdominal até certo ponto está sempre sendo ativado, quer estejamos nos movendo ou não. Clientes com baixa ativação do transverso abdominal usarão uma estratégia de “alto limiar” para criar estabilidade, contraindo os músculos da unidade externa do core em maior extensão, já que a unidade interna (transverso abdominal, diafragma, multífidos, músculos do assoalho pélvico) não estão fazendo seu trabalho.

♠ Uma das melhores formas de melhorar a função do transverso abdominal e da unidade interna é ensinar respiração diafragmática.

♠ Durante o exercício, se o cliente entrar em uma estratégia de alto limiar e alterar sua respiração para uma respiração apical, pare o exercício, e regrida para um exercício em que ele possa desempenhar com a respiração apropriada.

3 comentários:

  1. Prof. Marcus. Ótimo post mais uma vez, parabéns !

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  2. Valeu meu camarada. Vem mais pérolas de Gray Cook por aí. Aguarde.
    Abraço

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  3. Oi Marcus. Informações muito boas, valeu.

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