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terça-feira, 8 de setembro de 2015

11 Maneiras de Identificar Desequilíbrios entre os Quadríceps

Mais um artigo que tem um enfoque no Método NKT e que faz menção ao Ciclo da Marcha.



11 Maneiras de Identificar um Potencial Desequilíbrio entre os Quadríceps

Dr. Brock Easter


O desequilíbrio entre os quadríceps pode levar a uma série de questões que frequentemente teimam em desaparecer e acabam sempre voltando. Se um deles é firme e o outro não, notamos frequentemente que o quadríceps que apresenta problemas é antagonista de isquiotibiais firmes (N.T: O que já altera o equilíbrio entre os opostos funcionais do membro) e que o quadríceps que é sólido será antagonista de isquiotibiais ineficientes. (N.T: Também apresentando problemas de equilíbrio entre grupos musculares antagonistas. Nesse caso temos em uma perna: quadríceps deficientes - isquiotibiais fortes; em outra: quadríceps fortes - isquiotibiais deficientes). Quadríceps e isquiotibiais do lado oposto são antagonistas no ciclo da marcha e saibamos que nossa anatomia é construída para a eficiência no ciclo da marcha.

Temos a tendência a pensar que os isquiotibiais estão "sempre tensos" e que os quadríceps estão "sobrecarregados" ou "dominantes", mas frequentemente deixamos passar os desequilíbrios entre o quadríceps dos 2 membros. Quando questões como essa ocorrem no plano sagital, vêm quase sempre acompanhadas por problemas de desequilíbrios nos planos frontal e transverso, o que pode dificultar conseguir chegar na raíz do problema. Na minha experiência, problemas no plano sagital são frequentemente a prioridade, e corrigi-los pode fazer com que resolvamos uma série de questões no corpo todo. 

Aqui vão 11 maneiras de identificar potenciais desequilíbrios entre os quadríceps (e por consequência, dos isquiotibiais):


1. A posição meio ajoelhada é mais confortável e estável em um lado. O sinal de Trendelenburg pode ser observado, já que a pelve estará comprometida no plano frontal em um desequilíbrio entre os quadríceps.
Queda da pelve no plano frontal

Posição meio ajoelhada


















2. Corrigir problemas nos planos frontal e sagital resultam em melhoras temporárias. 


3. Pessoa que sempre com o mesmo quadril flexionado, independente para que lado deite.


4. Assimetria na elevação ativa da perna estendida (N.T: Active straight leg raise. Um dos 7 testes do FMS - Functional Movement Screen).
Teste da elevação ativa da perna estendida - active straight leg raise


5. Cirurgia prévia no joelho (ligamento cruzado anterior - LCA, menisco, etc.). Procure por atrofia no quadríceps do joelho operado.


6. Prévia luxação no joelho. Procure por hipertrofia no quadríceps do joelho lesionado, já que os isquiotibiais deste lado tem dificuldade de controlar a rotação da tíbia.


7. Durante a marcha, observe assimetria no comprimento da passada, tempo gasto em uma perna (N.T: Ver se existe diferença no tempo da fase de apoio da marcha, entre o apoio na perna direita e esquerda) e a extensão do quadril.



8. Um quadril terá maior rotação interna do que externa, o oposto se verifica no membro oposto (N.T: Maior rotação externa).


9. Avalie com atenção o tamanho do quadríceps proximal, analisando de lado. Uma vez que um quadríceps está hiperativo, o isquiotibial do membro oposto também estará, então as medidas gerais de circunferência da coxa podem não captar essa diferença.


10. Ílio rodado anteriormente em um lado da pelve em relação ao outro (N.T: Um lado da pelve estará mais a frente).


11. Deslocamento do peso corporal assimétrico durante o agachamento (N.T Joga o peso para o lado do quadríceps mais "forte". Poupando a outra perna).

Como sabemos, não existem absolutos, e alguns desses sinais podem estar presentes mesmo que não existam desequilíbrios entre os quadríceps, então eu sempre me certifico de usar o Método NKT para confirmar meus resultados.

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Lidando com Lesões nos Isquiotibiais

Neste artigo, Coach Boyle lida com um tópico comum para quem trabalha com atletas (principalmente no nosso futebol): lesão muscular nos isquiotibiais. Vejam que a abordagem de retorno às atividades que ele apresenta, infelizmente ainda é desconhecida de muitos profissionais que atuam no campo da reabilitação e preparação física. Esta abordagem de treinamento nada tem de extraordinária ou revolucionária, ela é na realidade bastante simples (geralmente a chave está na simplicidade), focada no respeito às funções articulares e musculares.
Acompanhem.


Lidando com Lesões nos Isquiotibiais

Mike Boyle

Para começar a entender as lesões nos isquiotibiais, precisamos voltar à ideia (de Shirley Sahrmann) de que:

“Quando um músculo está lesionado, olhe para o sinergista que está fraco ou inibido”.

A chave para entender distensões nos isquiotibiais é perceber que os isquiotibiais não são o problema. Muito frequentemente, distensões nos isquiotibiais serão o resultado de progressão inadequada de treinamento (não obedecer a regra dos 10% no trabalho de condicionamento físico ou velocidade) ou pouca força nos glúteos.

A prioridade número 1 na reabilitação dos isquiotibiais é atacar os glúteos.

Pontes, elevações de quadril, agachamentos, levantamentos terra, etc. são fundamentais na reabilitação dos ísquios. Torne o principal músculo dominante (os glúteos). Lembre-se que os isquiotibiais são um extensor de quadril secundário.

De fato, o grupo dos isquiotibiais é o terceiro extensor de quadril mais potente, atrás do glúteo máximo e adutor magno. Se os glúteos não são ativados, os isquiotibiais serão forçados a assumir o seu papel, sendo sobrecarregados, e irão estirar.

Uma reabilitação míope será focada nos isquiotibiais, com exercícios tolos de cadeia aberta como flexão de joelho (N.T: Normalmente nós vemos este exercício em máquinas: em pé, sentado ou deitado, que é o mais comum – a velha mesa flexora). O resultado final normalmente será outra distensão.


Para a reabilitação dos isquiotibiais, é preciso entender suas 3 funções. Como mencionado acima, os ísquios trabalham em conjunto com o glúteo máximo e o adutor magno para estender o quadril. Com a finalidade de abordar a função extensora precisamos incluir exercícios como levantamentos terra unilaterais.



Além disso, para estender o quadril os isquiotibiais também atuam excentricamente, a fim de resistir à extensão da perna na corrida. Para visualizar essa função, pense no músculo agindo como um freio para controlar a extensão da perna enquanto corremos. Sem a função excêntrica apropriada dos isquiotibiais, correríamos como um grande tambor, com nossas pernas voando em extensão.

A flexão de joelho no slide


e eventualmente o glute ham raise (N.T: Não sei qual seria a tradução do nome deste exercício)


fazem um excelente trabalho lidando com a força excêntrica do músculo. É importante enfatizar que flexões de joelho em base pronada


e flexões de joelho no slide têm muito pouco em comum. Em minha mente, flexão de joelho em base pronada é um exercício não-funcional inútil que fortalece o músculo que muitas vezes não é fraco para começar. Por outro lado, a flexão de joelho no slide força o grupo flexor do joelho a trabalhar excentricamente para controlar extensão da perna e concentricamente para criar flexão de joelho.

O papel concêntrico de flexor de joelho é o menos útil dos 3 papéis dos isquiotibiais, mas é o papel em que os fisioterapeutas e treinadores mais se concentram. A flexão de joelho no slide também cumpre esse papel, mas é um exercício de cadeia fechada com um elemento de força de reação do solo, algo que falta na versão pronada. 

O ponto mais importante a ser ensinado na flexão de joelho no slide ou na bola suíça é que qualquer elemento de flexão no quadril é uma falha em desempenhar adequadamente esse exercício. Os isquiotibiais precisam ser forçados a desempenhar todos seus 3 papéis a fim de maximizar os benefícios do exercício.

Por último, mas não menos importante, observe seu programa de corrida/velocidade. É importante acompanhar de perto o volume de trabalho em sprints e no condicionamento físico. Aumentar repetidamente o volume mais do que 20%, é outra causa de distensões nos isquiotibiais. Extensores (do quadril) fortes podem falhar se expostos à programas de treinamento ruins. Mantenha sprints curtos inicialmente (5–10m) e com baixo volume (5 a 6). Gradualmente exponha os extensores à maiores distâncias, enquanto mantém o volume aproximadamente igual. Nós fazemos 5 a 6 sprints curtos 2X por semana, gradualmente aumentando a intensidade.

O mesmo se aplica ao condicionamento físico. Embora aqui o volume aumente, não deixe de acompanhar este volume e olhe o percentual de aumento na metragem total a cada semana. Um aumento de 10% é o ideal, mas nunca mais de 20%.